Foto: Mary Marques
No dia 12 de outubro de 2020, a Serra Grande, que fica localizada na divisa entre Petrolândia e Jatobá, recebeu pela primeira vez uma celebração realizada pelos vaqueiros do município em homenagem a sua protetora Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e também de Jatobá.
Lá em cima do morro, conhecidamente também como Serra da Santa, em 2008, o artista Marcel Bezerra (in memorian) presenteou a nossa cidade com uma escultura de Nossa Senhora Aparecida, de aproximadamente 3m de altura. Devoto da santa, sonhava ali com um mirante, um local de religiosidade, mas que, infelizmente, com a sua partida precoce deixou a sua arte e sonhos inacabados. Entretanto, com a presença de fiéis e amigos da natureza que visitam regularmente este espaço, vemos nascer um novo canto de peregrinação.
Os vaqueiros saíram pela manhã em cavalgada rumo ao morro, liderados por Mozar, João, Tião, Joilton e Leila, tradicionais vaqueiros da cidade e da região, também com a presença de crianças e adolescentes que já acompanham tradicionalmente os seus familiares e amigos. Na chegada, momento de grande comoção para todos, especialmente para o vaqueiro Tião que coordena a missa dos vaqueiros da cidade há uma década e nos conta bastante emocionado que “com a força e a proteção de Nossa Senhora Aparecida esta será a primeira de muitas e que esta celebração na Serra da Santa já está no calendário dos vaqueiros”.
O percurso do centro da cidade até o morro é de aproximadamente 6km de estrada de terra, e neste ano a Prefeitura Municipal de Jatobá cuidou da limpeza do local e também pintou a santa na cor branca, o que garantiu um local mais agradável e um maior realçamento à santa. O senhor Sebastião Coelho realizou o momento de celebração religiosa e os vaqueiros reafirmaram a sua fé e agradeceram à Nossa Senhora por mais um ano de proteção.
Foto: Mary Marques
E depois de tomarem coletivamente o café da manhã e apreciarem a linda vista lá do alto, despediram-se de Nossa Senhora Aparecida no desejo que no próximo ano mais
cavaleiros e amazonas, apaixonados por este esporte cultural do sertão, reúnam-se novamente transformando este local num ponto de tradição religiosa.
Foto: Mary Marques
Texto: Regina Borges
13/10/2020
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