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Gerações interligadas pela memória patrimonial

Agosto é dedicado à celebração dos patrimônios culturais do município, do estado, do país. Mas o que é um Patrimônio Cultural? Pra que serve? Jatobá tem patrimônios? Quais são? De forma bastante simples podemos dizer que Patrimônio Cultural é a herança deixada pelos mais velhos e tem como função ligar as gerações através das arquiteturas, músicas, danças, artes plásticas, lendas, artesanatos, culinárias, costumes, festas, rituais religiosos, manifestações populares.


Desse modo, nesse mês, cada comunidade é convidada a (re)conhecer e preservar os seus patrimônios culturais, e Jatobá, embora só tenha apenas 26 anos de emancipação política, sabemos que a história desse território é bem antiga, e ao longo dos séculos constituiu uma rica e importante história cultural que precisa ser protegida como forma de pertencimento, valorização, afeto, bem como conservação da sua própria memória.


Patrimônio Cultural Religioso

Do Povo Pankararu festejamos os seus rituais, as suas festas, os seus artesanatos, suas lendas, suas memórias ancestrais.


Patrimônio Cultural Histórico


Da história do Brasil Imperial herdamos o patrimônio histórico ferroviário datado do final do século XIX, mas que apesar da falta de cuidado por boa parte das autoridades, resiste ao tempo, como a Estação Moxotó, as primeiras casas que abrigaram os trabalhadores da construção da estrada de ferro, a Ponte Moxotó, localizados no Distrito Volta do Moxotó. Ainda existem as obras de arte popularmente conhecidas por bueiros que também precisam com urgência de nosso cuidado.





Patrimônio Cultural Artístico

Dos povoados temos os causos de assombração, de botijas, do nego d’água, da mãe d’água, do fogo corredor, cadê o Saci Pererê que passou por aqui trazendo redemoinho? Ainda temos como marcante os festejos juninos, as novenas, a vaquejada, as igrejas, o retiro de Carnaval no Camaratu, as danças, a missa de vaqueiro, os saberes da terra, das plantas, as cantigas na farinhada, a romaria, a paixão por cuscuz, carne de bode, as delícias do peixe, uma plantação de feijão verde, a macaxeira, o rubacão, a cachaça.


Patrimônio Cultural Artístico

De Itaparica, as obras de arte de Marcel Bezerra moldam um museu a céu aberto, e mantém-se ansiosas aguardando por um tombamento municipal para que possa protegê-las do abandono. São Francisco de Assis se anima em seu novenário com noites de oração, alegria da criançada e quermesse solidária.



Patrimônio Cultural Religioso

Do Distrito-Sede vem o histórico de lutas, o traço na poesia popular, a força religiosa, as festividades, as praças, o encontro na feira livre, o café com tapioca, os diálogos políticos, a multiculturalidade marcada nos rostos, na linguagem.

Lá de cima a Serra Grande espia o seu povo e saúda o Velho Chico. De seus morros, o patrimônio em letreiro que reza pela P A Z, Nossa Senhora Aparecida que ficando inacabada pelo seu criador Marcel Bezerra, espera por outras mãos para concluí-la. E os trilheiros vão desbravando pedacinhos encantados também desse patrimônio natural.


Patrimônio Cultural de Saberes

Assim cada patrimônio cultural material e imaterial vai contando a história de sua comunidade – uma cantiga, uma igreja, uma dança, uma praça, uma prosa, uma galinha de capoeira, uma pega de boi, um fogão de lenha, uma brincadeira no terreiro... E costurando o tempo, enlaçando o passado ao presente e formando a identidade de um povo.



Viva o nosso Patrimônio Cultural!



Regina Borges

24/08/2021






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